quinta-feira

Filosofia religiosa

O Catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891. Porém salvo uma minoria, a doutrina católica não era vivenciada profundamente. Na verdade, a Igreja, no Brasil em meados do século XIX, mostra-se um tanto fraca institucionalmente. A grande massa da população seguia um ecletismo religioso, misturando o catolicismo á crenças indígenas e de procedência africana. Os membros da elite eram católicos apenas por prestígio e tradição: casavam os filhos, participavam de batizados e enterros mais preocupados com as aparências do que com a fé. O povo freqüentava procissões e festas religiosas que só para integração social, quebra da rotina ou por diversão. Brotava a religião popular, pouco vinculada à Igreja oficial, rica em costumes locais, no entanto pobre em organização, liderança e fé.
Mais outros dois fatores contribuíram para tal enfraquecimento da Igreja Católica brasileira, ocorrido na época: A imprensa, que passara a ser o “reino da opinião pública”, o referencial cultural da população, com grande poder de influência sobre as pessoas. Segundo fator: a Igreja se estabeleceu através de influências políticas ao invés do engajamento religioso e de um poder organizado por seus próprios recursos, dependendo quase completamente do poder do Estado e ficando à mercê de decisões políticas e da política imperial.